PRECIPITAÇÃO E VENTO FORTE
1. SITUAÇÃO
Situação Meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje no
Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e
de acordo com a informação meteorológica disponibilizada pelo IPMA, salienta-se para os próximos dias
um agravamento das condições meteorológicas
até ao final de sexta-feira (15abr), com especial impacto
nas regiões a norte do alinhamento Montejunto-Estrela, com a probabilidade de ocorrência de:
– Precipitação persistente, pontualmente forte, até 40mm/6h, prevendo-se acumulados durante este
período (72h) na ordem dos 120mm na região norte e até 150mm na região centro.
– Vento a soprar de sudoeste, forte (até 45 km/h) no litoral oeste e terras altas, com rajadas a
atingirem 80 km/ e 95 km/h, respetivamente.
Informação hidrológica relevante:
– Níveis de escoamento elevados e possibilidade de subida dos níveis hidrológicos nas bacias do
Minho, Lima, Cávado, Douro, Vouga, Mondego e Tejo.
– Possibilidade de ocorrência de inundações em meios urbanos historicamente mais vulneráveis.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências
dos sistemas de drenagem;
– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais
vulneráveis;
– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
– Danos em estruturas montadas ou suspensas;
– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de
preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos
solos, pela perda da sua consistência.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo
através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas
historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de
autoproteção para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e
outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível
formação de lençóis de água nas vias;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para
buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras
estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a
possibilidade de queda de ramos ou árvores, em virtude de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais
vulneráveis a inundações rápidas;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos
náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de
Segurança.
– Seguir escrupulosamente as indicações transmitidas pelas autoridades policiais no que concerne ao
respeito pelos cortes de estrada, percursos alternativos, sinalização e outras informações;
– Evitar comportamentos de risco que poderão originar acidentes não previstos.